O
Mendigo da Praça da Alfândega
Capítulo I
O Primeiro Contato
Capítulo I
O Primeiro Contato
Era um dia ameno do início de julho quando vi,
distraído, da janela da oitavo andar do prédio onde eu trabalhava há quinze
anos, uma cena incomum à cidade: um mendigo acampado no meio da Praça da Alfândega.
Aquela cena me chamou a atenção, pois, em meio a prédios, asfalto, trânsito e
transeuntes, numa barraca de sem-teto, um homem parecia viver alheio a aquilo
tudo. Mas não era uma barraca dessas de acampamento, era uma lona grande
estendida e disposta sobre as árvores de um canteiro. E foi este o primeiro
contato que tive com Augusto.
A seleção holandesa vira e termina o jogo,
eliminando a seleção de futebol do Brasil na Copa do Mundo africana nas oitavas
de finais. Assisto os dias de folga que tinha durante os jogos esvaindo-se como
as lágrimas dos descrentes espectadores. Somando isso ao fato de eu não ter recebido
férias comecei a perceber que as coisas não estavam boas para mim.
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